Desconforto no sexo pode ser causado desde doenças vaginais até distúrbios psicológicos
Quando o sexo não é sinônimo de prazer, é sinal de que há alguma
coisa errada. Sexo com dor não é normal. O desconforto pode ser causado
desde doenças vaginais até distúrbios psicológicos. “A relação muitas
vezes pode ser dolorosa. A dor pode ser causada por patologias
ginecológicas e alterações da resposta sexual da mulher”, avalia a
ginecologista Maria Letícia Fagundes.
As patologias que podem provocar dor durante a hora H são tumores
uterinos e vaginais, doença inflamatórias pélvicas e vaginites, segundo a
ginecologista. Portanto, não há porque ter vergonha ou omitir esta
informação. “A dor pélvica pode ser o primeiro sinal de que há algum
problema. Todas estas doenças são avaliadas na consulta anual com o seu
ginecologista. Daí a importância de consultas periódicas. A queixa na
hora da consulta é fundamental. A dor pode ser um sintoma de uma
patologia”, explica Fagundes.
Doenças vaginais provocadas por bactérias ou fungos podem ser
adquiridas através do contato sexual. “Cerca de 2% das mulheres possuem
doenças inflamatórias pélvicas. O contágio mais comum é através da
relação sexual. As bactérias mais recorrentes são chlamydia e gonococo.
Muitas vezes elas são silenciosas, mas podem também causar inflamação
das trompas, podendo levar à esterilidade”, alerta.
O incômodo também pode estar relacionado à vaginite, inflamação dos
tecidos da vagina causada por microorganismos. “É muito comum. Queixa
frequente no consultório. Os sintomas são coceiras, ardências na hora da
penetração e dor”, aponta Fagundes, lembrando que estes sintomas podem
interferir na vida sexual da mulher.
A falta de lubrificação também pode provocar desconforto durante a
penetração, por isso, a importância da estimulação nas preliminares, de
acordo com a especialista. “Dentro da resposta sexual, a mulher tem que
passar por quatro fases: excitação, lubrificação, relaxamento da vagina
com aumento das dimensões, até chegar ao orgasmo. Quando alguma fase não
acontece, a mulher sente dor”, explica Fagundes, orientando a busca de
um especialista como sexólogo neste caso.
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